Crédito da imagem: http://musicaematematicatk.blogspot.com/2012/02/2012-ano-bissexto.html
Neste ano há um dia a mais na agenda. É 29 de fevereiro. Isso acontece porque 2012 é ano bissexto; tem 366 dias. Parece estranho, mas existe explicação. Para dar a volta completa ao redor do sol, a Terra leva 365 dias e seis horas. Por isso, em 238 a.C., o rei Ptolomeu III, do Egito Antigo, teve uma ideia: resolveu compensar o tempo que sobrava com um dia a mais no calendário a cada quatro anos (quatro anos vezes seis horas dá 24, quantidade de horas que formam um dia).
O sistema só foi colocado em prática 200 anos depois. Isso aconteceu no governo do imperador romano Júlio César. Fevereiro foi escolhido porque, além de ser o mês mais curto, era o último do ano, segundo o calendário da época. Maluco, não?
A mudança foi importante porque a translação (movimento que a Terra faz ao redor do sol) determina as estações do ano. Se as seis horas não fossem compensadas ao longo dos séculos, seria impossível saber exatamente o período da primavera, verão, outono e inverno. Imaginou a confusão?
Hoje usamos o calendário gregoriano. Antes, havia o juliano no qual não existia o 29 de fevereiro. Nele, contava-se duas vezes o sexto dia antes de 1º de março a cada quatro anos. Por isso, o nome bissexto: duas vezes o sexto dia.
Calendários diferentes
O calendário usado no Brasil é o gregoriano, estabelecido pelo papa Gregório XII. É baseado no calendário lunissolar, que mistura o lunar (forma de contar o tempo pelas fases da lua) e o solar (contado a partir das estações do ano). A contagem do ano começou com o nascimento de Jesus.
Os muçulmanos usam somente o lunar, com 11 dias a menos do que o regido pelo sol. O primeiro ano teve início a partir da fuga do profeta Maomé de Meca para Medina, em 622 no calendário gregoriano.
A China conta o tempo por influência do sol e da lua, como no Brasil. No entanto, não comemoram o Ano-Novo em data fixa. O primeiro dia do ano é estabelecido pela primeira lua nova, geralmente entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro.
Como surgiram os nomes dos meses?
Os romanos são os responsáveis pelos nomes dos meses. Janeiro (januarius) homenageava o deus Janos. Diferentemente dos outros, fevereiro (februarius) se referia a um rito de purificação, chamado februa, em que os romanos faziam oferendas e sacrifícios aos deuses. Março era dedicado a Marte, deus da guerra. Há duas versões para abril (aprilis); a primeira fala que surgiu para celebrar a deusa do amor, Vênus. A segunda diz que se originou da palavra aperio (abrir, em latim), já que era a época do ‘desabrochar da primavera' no Hemisfério Norte.
Maio (maius) foi em homenagem a Maia, deusa da primavera. Junho representa Juno, mulher do deus Júpiter. Julho chamava-se quinctilis, mas em 44 a.C. o senado romano mudou para julius, em homenagem ao imperador Júlio César. Agosto era sextilis, o sexto mês do calendário da época, mas mudou para augustus em 27 a.C. para lembrar o primeiro imperador romano, César Augusto.
Setembro (septem) vem de sete, pois era o sétimo mês. É que o ano era dividido em dez meses. Os outros dois foram acrescentados por volta de 700 a.C. Dessa forma, outubro (october) era o oitavo mês, novembro (november), o nono, e dezembro (december), o décimo.
Saiba mais
Acredita-se que em 1288, a rainha Margaret da Escócia determinou que em todo ano bissexto as mulheres tinham o direito de escolher um marido entre os solteiros do país. O homem que não aceitasse teria de pagar multa.
Segundo os numerólogos (que estudam o significado dos números), quem nasceu em 29 de fevereiro tem grande intuição, inteligência, inspiração e vontade de realizar os sonhos. No entanto, muda de humor a todo momento.
Estabeleceu-se que a Terra leva 24 horas para completar uma volta ao redor de si mesma. No entanto, o tempo exato é de 23 horas e 56 minutos e 4,09 segundos.