O estado de São Paulo é dividido em 22 bacias, conhecidas como UGRHIs (Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos). A cidade de Santo André está inserida na URGHI 6, conhecida como Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, que abrange a parte superior do Rio Tietê, desde as duas cabeceiras até a barragem do Reservatório de Pirapora, com 133 Km de extensão e é composta por 34 municípios.
A Bacia do Alto Tietê, por sua vez, está dividida em 6 sub bacias e Santo André pertence à Bacia da Represa Billings/Tamanduateí. A bacia do Alto Tietê possui o maior parque industrial e o maior conglomerado urbano do hemisfério sul, exatamente nas cabeceiras de um rio, ao contrário da maioria das grandes metrópoles do mundo inteiro. Possui hoje mais de 17 milhões de habitantes e embora a metrópole esteja crescendo a um ritmo bem menor que nas décadas passadas, espera-se para o ano 2020 cerca de 20,6 milhões.
Reservatório Billings
A Grande São Paulo, e por tabela Santo André, é a região com a menor disponibilidade de água per capita do país, mas infelizmente tem menos água do que o sertão nordestino. A Sabesp calcula que a disponibilidade de água na metrópole é de 165 mil litros anuais por pessoa (incluindo toda a água da bacia, mais a trazida do Cantareira). Nas regiões mais áridas do Nordeste, esse índice gira em torno de 400 mil litros. Já o mínimo considerado sustentável pela Organização das Nações Unidas é 1,5 milhão de litros ao ano por habitante. O sertão tem pouca água, mas também tem pouca gente. O risco de escassez se agrava porque, pelos cálculos da ONU, a região metropolitana deverá ganhar 2,5 milhões de habitantes até 2025. Se o consumo doméstico por pessoa for mantido na média atual de 150 litros/dia, haverá uma demanda adicional de 375 milhões de litros/dia. Mas não bastará aumentar a oferta. É preciso reduzir o consumo e cortar o desperdício.
Aos 83 anos – a represa completou mais um aniversário em 27 de março – o futuro da Billings tem ficado para escanteio desde 2007, isto porque foi criada a Lei Específica da Billings, um projeto com o objetivo de conter o despejo de esgoto, determinar os limites das áreas protegidas e as normas urbanísticas e ambientais, mas o projeto está emperrado na Assembléia Legislativa.
Na Billings são jogados mais de 800 toneladas de esgoto in natura por dia, boa parte vinda das 50.000 moradias irregulares em seu entorno. Uma série de irregularidades comprometem os ecossistemas aquático e vegetal. Se nada for feito, preve-se que 60% do manancial desaparecerá em 50 anos, Por isso a importância da aprovação urgente da Lei Específica da Billings.
Importância socioeconômica:
2 – Atividade pesqueira artesanal realizada na represa Billings. Apesar de ser uma área de manancial, a pesca garante parte da alimentação para as famílias que vivem próximas à represa.
3 – O rio Tietê, principal rio da Bacia do Alto Tietê, nasce em Salesópolis, na Serra do Mar, e percorre 1.100 quilômetros até a sua foz no rio Paraná. Em seu curso para o interior, banha 62 municípios, atravessando a região metropolitana de São Paulo.
Próximo às nascentes, o rio é apenas um filete de água, mas em seu curso recebe a vazão de muitos afluentes, dentre eles os rios Tamanduateí (localizado parcialmente em Santo André), Pinheiros e Piracicaba que contribuem para a formação de um rio bastante volumoso.
O desnível entre a desembocadura e as cabeceiras é de aproximadamente 860m. Esse desnível tem sido aproveitado para a construção de várias barragens destinadas à produção de energia elétrica, responsável pelo abastecimento de várias cidades que pertencem a sub bacia Billings/Tamanduateí.
Fontes de consulta:
www.ambiente.cajamar.sp.gov.br/?texto=hidrico
www.daee.sp.gov.br/.../raee9810/Hidropla.html
http://badcats-badcats123.blogspot.com/2009_02_01_archive.html
www.fem.unicamp.br/~seva/pdf_5b2_usiSP_sistBillings_Tiete.pdf
www.wikipedia.com.br
www.sabesp.com.br
Conceição
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