terça-feira, julho 26, 2011

SANTO ANDRÉ E SEU PARQUE INDUSTRIAL

Esta atividade foi apresentada na disciplina de geografia industrial, quando estava fazendo o curso de Geografia. Achei interessante compartilhá-la, pois apresenta uma descrição bem detalhada da minha cidade.


1) Nome do município e localização geográfica.
Santo André está localizada a 18 Km de São Paulo, na região do ABC. Com uma área de 175 Km², é uma das cidades mais antigas do país.
Acolhe em seu território, neste ano, uma população de 673.396 habitantes. Com uma densidade demográfica de 3.816,52 habitantes por Km², Santo André está a 760 mts acima do nível do mar e possui um IDH de 0,835.
Suas coordenadas geográficas são: 23°39’50” S  e  46°32’16” O. O seu clima é predominantemente subtropical.  O fuso horári
o é UTC-3.
2) Pesquise o tipo de indústria existente no seu município.
Santo André começou a se destacar na área industrial na década de 50. As indústrias de autopeças surgiram para atender a demanda dos setores automobilísticos, metalúrgico e mecânico. Isso só foi possível com investimentos estatais e inserção do capital estrangeiro. Dentre as indústrias automobilísticas mais relevantes citamos: Wolkswagen, Ford, Mercedes Benz e General Motors.
A partir dos anos 80, especialmente a partir da segunda metade, com a abertura política e o incremento do processo de globalização, as indústrias começaram a adotar outras estratégias visando sua manutenção no sistema e com isso começaram a migrar para outras regiões.
Dois fatores foram preponderantes: a guerra fiscal e o valor da terra. Municípios com taxas de impostos mais baixas passaram a abrigar em seus territórios indústrias estabelecidas há muito tempo em Santo André, como Black e Deker, Pierre Saby, Fichet, Corona, Valisère e outras.
Junto a isso, temos a questão do barateamento no preço da terra, fazendo as indústrias migrar para locais diversos. As indústrias andreenses não ficaram de fora. Dentre elas citamos a Nordon, Confab Industrial, TRW.
Todas essas indústrias são de bens de capital, que operam para equipar outras indústrias, leves ou pesadas, com máquinas e equipamentos, estando próximas aos seus mercados consumidores.
3) A partir dos dados apresentados na pesquisa, compare a estrutura industrial de seu município com a estrutura industrial do Brasil e do seu estado. Comente as principais semelhanças e diferenças.
Na década de 1970, durante o milagre econômico, houve um momento de expansão e concentração da indústria na Grande São Paulo, e em especial em Santo André, que tem um passado de lutas sindicais conhecido por todo o Brasil.
 Na década seguinte o ritmo de crescimento sofreu um decréscimo, culminando com a recessão dos anos 80. Nos anos 90 a produção industrial continuou desacelerada, com os incentivos fiscais voltados para outras áreas do estado de São Paulo, além das dificuldades de transporte e o custo de mão de obra. O ABC e, em especial Santo André, perdeu várias indústrias.
Assim sendo, entendo que na atualidade, presenciamos uma descentralização industrial. Regiões antes inóspitas passaram a atrair indústrias e oferecer empregos. Regiões industrializadas passaram a abrigar setores comerciais e de prestação de serviços. Esse fenômeno não ocorre somente na região Sudeste, mas em todo o Brasil. Conforme dados do IBGE, de 2003 a 2007, o número de empresas industriais no país (com cinco ou mais trabalhadores) cresceu de 139 mil para 164 mil e o contingente de trabalhadores passou de 5,9 milhões para 7,3 milhões de pessoas.  Esses dados são a nível nacional, não mostrando a realidade regional. Enquanto algumas cidades estão prosperando devido a instalação de indústrias, outras se vêem na necessidade de buscar alternativas para sua economia,  já que não tem mais atrativos fiscais para manter as indústrias em seus territórios.
A tendência nacional, com a redução dos postos de trabalho na produção industrial, é uma migração desse contingente para o setor de comércio e serviços, pois o capital financeiro advindo da sobra do capital industrial tem investido nesses setores da economia.
Santo André ainda tem muitas indústrias, como Pirelli, Eluma, Rhodia e Petroquímica, porém percebe-se que a cidade está passando por outra configuração. Acredito que daqui algumas décadas, as atuais indústrias seguirão a tendência nacional de migrar para locais mais atrativos que ofereçam condições para reprodução do capital.
Hoje em dia, há um grande esforço do setor público para a manutenção das indústrias existentes. O desafio da atualidade está relacionado à criação de novas alternativas para a cidade que vai se transformando, garantindo melhores condições de vida para seus habitantes.
4) Descreve uma imagem de uma indústria de Santo André.
Responsável pela fabricação de pneus e cabos, é uma empresa do setor de bens de capital que produz pneus e câmaras de ar para tratores, automóveis, motos e bicicletas. Produz também fios de aço que são utilizados nos pneus radiais.
Com 136 anos de tradição, a Pirelli é uma multinacional italiana consagrada na indústria de pneus. Na América Latina, possui sete unidades, cinco delas no Brasil: Gravataí (RS), Campinas, Santo André e Sumaré (SP) e Feira de Santana (BA), além de uma na Argentina (Merlo) e outra na Venezuela (Guacara). A empresa emprega mais de 27 mil pessoas no mundo, sendo 10 mil na América Latina, das quais oito mil estão nas unidades brasileiras.
A foto abaixo é da unidade de Santo André, situada entre a Avenida Giovanni Batista Pirelli e a estação ferroviária, em Santo André. A proximidade com a estação foi um dos fatores para sua consolidação na cidade. Outro motivo pela escolha é o fato de que a empresa tem um forte relacionamento com a comunidade.
Essa foto é bem antiga, do ano de 1940. Várias reformas foram efetuadas desde então, a última foi a construção de um refeitório de ultima geração. Sua planta abriga vários galpões destinados às atividades que utilizam a borracha como matéria prima.
A Pirelli também se insere nas novas estratégias de reprodução do capital, pois algumas de suas instalações foram para cidades interioranas, como Sumaré e Campinas. 


Crédito da imagem:  Canal do Transporte
 

Obs: Texto de minha autoria

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